08 agosto 2012

VII Encontro de Literatura Infantil e Juvenil

Faculdade de Letras - UFRJ

11 a 13 de setembro de 2012

 




Conferências, palestras e mesas-redondas
Comunicações, minicursos e oficinas
Degustações literárias e apresentações culturais

Participe!


05 março 2011

Imagem e estética em exposição

Muito interessante a exposição que contém várias projeções concomitantes de entrevistas e programas feitos pelo artista estadunidense Andy Warhol. A tônica do evento é a pop art, seus ícones e suas (in)coerências.

Vale a visita!

02 março 2011

Ciclo de conferências - Academia Brasileira de Letras


1º Ciclo de Conferências: "Gêneros literários: um olhar atual"

Coordenação: Acadêmico Ivan Junqueira

15/3 - Acadêmico Ivan Junqueira: "A desconstrução dos gêneros"
22/3 - Acadêmico Eduardo Portella: "O gênero policial no Brasil hoje"
29/3 - Carlos Emílio Corrêa Lima: "Na fímbria do fantástico"
05/4 - Silviano Santiago: "Onde se apagam as fronteiras"

Teatro R. Magalhães Jr. - Terças-feiras, às 17h30

ENTRADA FRANCA



15 outubro 2010

Visita do britânico Peter Hunt ao Rio


A PUC-Rio em parceria com a Cosac Naify trazem ao Brasil Peter Hunt, um dos maiores especialistas em Literatura para crianças e jovens do mundo.
O evento é gratuito (mediante inscrição prévia) e acontecerá no dia 21 de outubro.
Vale conferir!

01 setembro 2010

Expondo suas brincriações - os zeróis de Ziraldo






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Recomendo a visita!


Exposição no CCBB-RJ

ZERÓIS: Ziraldo na Tela Grande
20 Jul a 19 Set
Local: Salas B, C e D - 2º andar
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h


A exposição ZERÓIS: Ziraldo na Tela Grande traz ao público, pela primeira vez, uma outra faceta de um dos mais completos artistas gráficos brasileiros da atualidade. Seu trabalho agora é recriado e concebido diretamente em imensas telas pintadas em acrílico. O pintor Ziraldo coloca seu talento também no pincel, deixando que a imagem, sozinha, dê um recado crítico e bem humorado de seu tão aplaudido mundo dos cartuns.

Designer da exposição: Daniela Thomas.


SERVIÇO

Data: 20 de julho a 19 de setembro
Horário: Terça a domingo, das 9h às 21h
Local: Salas B, C e D - 2º andar | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Agendamento de visitas monitoradas: Segunda a sexta, das 9h às 18h | Telefones: (21) 3808-2070 e 3808-2254
Recepção/Informações: Terça a domingo, das 9h às 21h | Telefone: (21) 3808-2020
Classificação: Livre
Entrada Franca

16 agosto 2010

Brincando com as palavras: pontos...

Pontos

No início era um ponto. Ponto de partida. O ponto onde a tangente toca a circunferência, e faz-se a vida. O ponto pacífico.

O círculo é a timidez do ponto. A linha é o ponto desvairado. O travessão é o ponto-ante-ponto, a primeira exploração embevecida da infância. Ligando as palavras. Nasceu num ponto qualquer do mapa. Sua mãe levou pontos depois do parto. A linha reta é o caminho mais chato entre o parto e o ponto final, preferiu o ziguezague. Teve uma vida pontilhada, os pontos que caíam nos exames, os pontos que subiam na Bolsa, os pontos de macumba, os pontapés. Mas sempre foi pontual.

O ponto é uma vírgula sem rabo. (...)

Nova linha. Fez ponto em frente à casa da namorada, uma circunferência com vários pontos positivos, como a sua mãe apontada acima. Não dormiu no ponto, acabou convidado para entrar quando estava a ponto de desistir, pontificou sobre vários pontos, não demora já era apontado como íntimo da casa, jogava cartas (pontinho) com a família, parecia um pontífice, não desapontou. Casaram. Tinham muitos pontos em comum.

O sexo! Ponto de exclamação. Querida, estou a ponto de... não! Cuidado. Ponto fraco. A tangente toca a circunferência. Outro ponto no mapa. Parto. Pontos.

Tiveram muitos pontos em comum. Outros caçoavam: que pontaria! Discordavam num ponto: a pílula.

Zig-zag-zig-zag. Os ponteiros andando. Um dia, no futebol — jogava na ponta — sentiu umas pontadas. Coração. O ponto-chave.

O médico insistiu num ponto: pára.

Mas como? Chegara a um ponto em que não podia parar, era um ponto projetado no espaço, a vida é um ponto com raiva, parar como? A que ponto? Saiu encurvado. Como um ponto de interrogação.

Só uma solução, dois pontos: os 13 pontos na loteria. Senão era um ponto morto. A linha reta no eletro, outro ponto pacífico, o ponto no infinito onde as paralelas, a distância mais curta entre, cheguei a um ponto que, meu Deus... três pontinhos.

Jogou o que tinha num ponto de bicho e o que não tinha num ponto lotérico. Não deu ponto.

Em casa a circunferência e os sete pontinhos. Resolveu pingar os pontos nos is. Melhor deixar uma viúva no ponto.

De um ponto de ônibus mergulhou, de ponta-cabeça, na ponta de um táxi, ou de um ponto de táxi na ponta de um ônibus, é um ponto discutível. Entregou os pontos.

O Popular, Rio de Janeiro

José Olympio, 1973, p. 97-98